(In)Segurança

Estou inseguro. Não apertei o cinto. Não tranquei a porta. Virei a chave três vezes e a porta ainda parece estar aberta. Botei o olho mágico que me mostra sempre a mesma coisa: o corredor vazio.

Será que estou vendo errado? Será que esse olho mágico está me enganando?

Por que eu não vejo as pessoas que insistem em me fazer bem? Talvez elas estejam me olhando do lado de dentro também. Talvez eu seja a única pessoa que não repare a vida lá fora e, trancado aqui, eu não consigo mais ter tanto prazer, tanta segurança. Acho que me falta coragem. Mas de onde vou tirá-la? O que tem dentro de mim é medo, e esse está canalizado para me manter absolutamente trancado e desconfiado do mundo. Que culpa eu tenho, se as pessoas se mostram cada vez menos confiáveis e sensatas? Uma vez tentei achar a causa de todos os nossos problemas, e percebi que somos nós mesmos o erro e a ignorância que destrói esse mundo e os nossos corações.



(Pablo Emílio de Mattos)




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